domingo, 22 de fevereiro de 2009

AIDS NA TERCEIRA IDADE

Folheando uma revista semanal, me deparei com uma imagem não comum: Uma senhora de aproximadamente 50 anos sorrindo. Em uma das mãos, uma máscara de carnaval e na outra, uma camisinha. É a campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis patrocinada pelo Ministério da Saúde.
A cada ano há um aumento significado de portadores de AIDS acima de 50 e 60 anos. Daí a preocupação em incluir essas pessoas entre os grupos que precisam de atenção especial quanto à prevenção.
Com o aumento da expectativa de vida, dos medicamentos para disfunção erétil e as oportunidades sociais a tendência é que esses números continuem aumentando a cada dia e a conscientização esbarra em preconceitos, pois ninguém pensa na mamãe, no papai, no vovô e na vovó fazendo sexo. Todo mundo promove eventos para a terceira idade, incentiva-os a saírem de casa e não pensam que vai haver sexo. Este é mais um engano. Se estas pessoas estão ativas para dançar, passear, estudar, por que não estão para namorar? Somos preconceituosos quando falamos de sexo na terceira idade e daí encontramos dificuldades em convencer os idosos dos riscos que correm em relação as DST/AIDS.
Pessoas que foram contaminadas afirmam que além da reação muitas vezes negativa da família, é preciso lidar com a incredulidade de alguns médicos, que perguntam se foi transfusão de sangue. Outras pessoas afirmam que achavam que não precisavam se cuidar porque estavam velhas. Essas pessoas são da geração das mulheres que se casavam virgens com um príncipe encantado e agora descobrem que em muitas situações ele transmitiu a doença para elas.
Foram essas pessoas que começaram a chamar atenção para o problema e despertar a atenção dos responsáveis pela divulgação e vinculação de propagandas como essa que mencionei no início do texto.

Créditos da foto; me
u-blogue4.blogspot.com/2008

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