sábado, 8 de novembro de 2008

MEIO AMBIENTE



VINGANÇA DA NATUREZA??

"Deus perdoa, o homem às vezes, a natureza nunca...."

Lembro dessa frase que era constantemente citada por um professor muito querido dos tempos da universidade.Não lembro o autor dela, mas a cada momento que vejo a "fúria da natureza" a figura desse professor vem à minha mente.
Desde a revolução industrial, o mundo conquista inúmeros e notáveis avanços, que trouxeram importantes benefícios, mas ao mesmo tempo, está assustado com os efeitos ambientais que gerou. Está claro, que a espécie humana é a culpada por toda mudança climática que está ocorrendo. As alterações climáticas têm efeito direto na sobrevivência dessa espécie, não somente pela destruição que enchentes, furacões, tempestades podem causar, mas também por estarem implicadas na diminuição da flora, da fauna, assim como, pelos seus efeitos sobre a saúde. Vivenciamos um aumento de doenças tropicais, transmitidas por insetos e doenças transmitidas por vírus e bactérias, pois estes reproduzem mais facilmente em temperaturas elevadas. Doenças de pele, com destaque o câncer aumentam muito em função da diminuição da camada de ozônio e da exposição à radiação. As viroses acompanhadas de vômitos e diarréias causando a desidratação em idosos e crianças são justificadas pelo aumento de temperatura. A contaminação do ar pela liberação de gases tóxicos causa doenças respiratórias e alergias. A previsão da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação é que o rendimento dos cultivos cairá e que as zonas temperadas do planeta desaparecerão até 2080, os preços dos alimentos deverão subir. A fome aumentará.O Brasil ocupa o 16º lugar entre os países que emitem gás carbônico para gerar energia. Mas ao se considerar os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e agropecuária é o quarto maior poluidor. Segundo um estudo do Greenpeace, as queimadas e o desmatamento na Amazônia contribuíram com 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. Dados do IPCC indicam os EUA em primeiro lugar (15,8%), seguido pela China (11,9%), Indonésia (7,4%) e Brasil (5,4%). Na lista aparecem ainda Rússia (4,8%); Japão (4,5%), Alemanha (2,5%), Malásia (2,1%) e Canadá (1,8%). Conseguir que a temperatura média do planeta não suba mais de dois graus teria custo de 0,6% do PIB mundial previsto para 2030. Será que é tão difícil?

Aproveito para indicar o filme (não recente, mas muito interessante) “Uma verdade Inconveniente”, um documentário internacional de uma palestra sobre o tema, conduzida com grande habilidade por Al Gore, o democrata que por pouco não ganhou as eleições para presidente dos EUA. Ele foi derrotado por Bush num resultado que envolveu várias recontagens de votos na Flórida e até hoje é cercado de dúvidas. Gore faz essa palestra há seis ou sete anos. Levanta questões essenciais sobre a produção de combustíveis fósseis e o rápido desaparecimento de geleiras ou a ocorrência de catástrofes climáticas. A extensa pesquisa que mostra lança uma coleção de dados sobre os perigos do aquecimento global e o que poderia ser feito para reduzir o seu impacto.
Al Gore recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2007, junto com o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, por espalhar o conhecimento sobre as alterações. Recebeu também o Prêmio Príncipe de Asturias de la Concordia de 2007, na cidade de Oviedo (Espanha).

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