sexta-feira, 3 de outubro de 2008

CÉLULAS-TRONCO

Conhecidas também por progenitoras ou stem cell (inglês), elas são células que se originam no ser humano antes do nascimento e possuem grande capacidade de reprodução, gerando células-filhas com as mesmas características da célula-mãe. São classificadas em:
- Totipotentes - capazes de originar células dos tecidos incluindo a placenta e anexos embrionários.
- Pluripotentes - Se caracterizam por diferenciarem-se em vários tipos celulares. São obtidas em embriões a partir do 5º dia de vida.
- Oligopotentes - Diferenciam-se em poucos tecidos. Encontradas no trato intestinal.
- Unipotentes - Diferenciam-se em um único tecido. Encontradas no tecido cerebral adulto e na próstata.
Quanto à natureza, as células-tronco podem ser:
- Embionárias - Com grande capacidade de diferenciação podendo originar, praticamente, todos os tipos celulares do corpo humano. São obtidas de embriões.
- Adultas - Localizadas em tecidos maduros, de crianças e adultos. São mais especializadas do que as embrionárias, originando tipos específicos de células humanas, sendo sua utilização mais limitada. Podem ser obtidas a partir da medula óssea, sangue, fígado, polpa dentária, epitélio, sistema nervoso, cordão umbilical e placenta.
Por possuírem elevada capacidade de diferenciação em vários tipos celulares, as células-tronco podem se estabelecer como tratamento para milhões de pessoas no mundo que sofrem de doenças neuromusculares, diabetes, derrames, enfartes, mal de Alzeheimer, câncer, entre inúmeras outras doenças, hoje incuráveis. Essas doenças podem ser causadas pelo mau funcionamento ou morte prematura de células, tecidos ou órgãos.
O tratamento com células-tronco visa tratar lesões e doenças por meio de substituição de tecidos "doentes" por células "saudáveis".
O transplante de medula óssea é um exemplo de terapia celular, uma vez que a medula óssea do doador possui células-tronco sanguíneas que irão fabricar novas células sadias do sangue no corpo do receptor.
Os fatores de diferenciação são substâncias que, quando adicionados aos meios de cultura de células-tronco, estimulam a diferenciação dessas células em um determinado tipo de tecido.
O SCUP é o sangue do cordão umbilical e placentário e é o mesmo encontrado no recém-nascido. Pesquisadores identificaram uma grande quantidade de Células-Tronco hematopoiéticas (células-tronco que dão origem a diversos tecidos sanguíneos) adultas, porém com menor maturidade e pouca estimulação, no cordão e na placenta que, geralmente, são descartados após o parto. Por terem papel muito importante no transplante de medula, as células-tronco do SCUP adquiriram valor inestimável no transplante de medula óssea. Doadoras voluntárias permitem que esse sangue seja coletado, examinado, processado e congelado para armazenamento em Banco de sangue do cordão umbilical e placentário para que esteja disponível para a doação por um período de até 15 anos.

AVANÇO
Na última semana a pesquisadora e geneticista Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo anunciou no 3º Simpósio Internacional de Terapia Celular (Curitiba) que o Brasil já é capaz de produzir, por conta própria, linhagens de células-tronco embrionárias humanas pluripotentes. Isso é um grande avanço, pois os pesquisadores brasileiros não precisarão mais recorrer à doação deste material, feita por cientistas do exterior, para desenvolver no nosso território os estudos de medicina regenerativa
Essa autonomia brasileira é resultado de três anos de pesquisas.
Há três semanas os pesquisadores identificaram que as células-tronco obtidas eram pluripotentes, ou seja, poderiam se desenvolver em qualquer tecido humano.

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