
Oswaldo Cruz (1872-1917), foi o primeiro dos seis filhos de Bento Gonçalves Cruz e Amália Taborda de Bulhões. Levava uma vida tranquila na cidade de São Luís do Paritinga, SP, até que ao completar cinco, a família mudou para o Rio de Janeiro. Bento era médico, e na capitlal havia mais chances de bons empregos. Homem de valores firmes, preocupado com a ordem e disciplina. Educou rigorosamente os seu filhos.
Conta-se que, certa vez, Oswaldo estava no bonde com a namorada Emília e, por brincadeira, cortou um pedaço do vestido da senhora sentada no banco da frente para oferecer à amada. Assim que soube, seu pai o obrigou a ir à casa da vítima, pedir desculpas e consertar a roupa.
Com 15 anos, Oswaldo ingressou na Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro e dedicou-se à pesquisa. Formou-se doutor em novembro de 1892, no mesmo dia da morte de seu pai. No ano seguinte casou-se com Emília, com quem teve seis filhos. Com a ajuda do sogro, um rico comerciante português, realizou seu sonho de estagiar no Instituto Pasteur, na França. Embarcou com toda a família rumo a Paris, onde estudou, pesquisou e até frequentou uma fábrica de vidros para laboratórios.
De volta ao Brasil, teve que se virar para ganhar a vida. Acumulou diversos empregos, o que era muito comum entre os médicos.
Oswaldo Cruz era realmente diferente, o que era perceptível, inclusive em trajes que usava. Mesmo com todo o calor do Rio, continuava usando pesadas roupas que trouxe da Europa. Ganhou o apelido de "Doutor Fotógrafo", por carregar uma pasta parecida com a que esses profissionais usavam.
O país passava por uma momento grave. Uma violenta epidemia de peste bulbônica assolava o porto de Santos. Apenas o Instituto Pasteur produzia o soro e vacina contra a doença, mas, em pouca quantidade.
O governo federal decidiu fabricá-lo no Brasil, e para isso criou o Instituto Soroterápico Federal, cuja direção ficou a cargo de um médico renomado, barão Pedro Afonso, que tinha intenção em contratar um cientista estrangeiro para diretor técnico. Mas a solução estava mais perto do que imaginavam. Consultaram o Instituto Pasteur, que recomendou o brasileiro Oswaldo Cruz.
A relação do jovem cientista com o novo chefe não era nada amigável, desavenças eram frequentes. A situação ficou incontrolável e ambos foram afastados.
Em 1902, Oswaldo Cruz retornou ao Instituto como diretor geral e, dois anos mais tarde passou a ocupar o cargo que corresponderia, hoje, ao de ministro da Saúde.
Para combater as doenças que se disseminavam no Rio de Janeiro, ele tomou medidas polêmicas, como a que tornou obrigatória a vacinação. Por conta disso, enfrentou a revolta da população. Mas isso, é uma conversa para depois...
Até mais.
Um comentário:
Good good good......
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